Santidade:Unidade e paz


Mateus 17.24-27

Ser fiel cooperadora das coisas de Deus, tanto no trabalho feminino como na igreja, requer vida de santidade para poder entregar a Deus um coração limpo.

Em Pv 23. 26 lemos: “Dá-me, filho meu, o teu coração”. Deus pede o coração, mas Ele não se agrada em recebê-lo cheio de mágoas ou manchado pelo rancor.

Mateus 17. 24 a 27 registra o episódio em que Pedro foi abordado sobre o pagamento de impostos, de Jesus e dele. Jesus, mesmo sabendo que aquele imposto lhe era indevido, diz a Pedro: “Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti”.

Estáter era uma moeda que dava para pagar o imposto de duas pessoas. O imposto era para o templo (imposto religioso) e cada israelita maior de vinte anos precisava pagá-lo.

“O primeiro peixe” – Jesus bem sabia, na imensidão do oceano, em qual peixe estava aquela moeda. Ele conhecia e via: no interior daquele peixe existia uma moeda, que ele havia engolido e da qual não conseguia libertar-se. Dessa mesma maneira Jesus contempla o mais íntimo do nosso ser, conhece as mágoas, ressentimentos. Sabe o que está entalando cada pessoa e precisa ser tirado. Ele olha para nós, individualmente, vendo o que tem no interior e manda que, abrindo a boca, seja liberado, jogado fora: “todas as moedas” engolidas, que nos incomodam e impedem uma vida plena de comunhão com Deus.

“Abrindo-lhe a boca” – Precisamos abrir a boca literalmente e liberar perdão. Enquanto não for arrancada toda a raiz de amargura, o coração fica marcado por ressentimentos, tornando-se um “imposto” muito caro para nós.

Jesus disse a Pedro; “entrega-o por ti e por mim”. O perdão não somente é um bálsamo que cura, mas também restaura a comunhão com Deus.

Que o Espírito Santo sonde cada coração e retire tudo o que está impedindo de termos vida espiritual plena.

Buscar a paz apesar das diferenças. Exercitar a santidade no pensar, no ouvir, no falar e no agir. São condições básicas para vivenciar o tema geral do quadriênio – Santidade: Unidade e Paz.

Onilda Portella Peixoto