Falando de reformas..De onde veio o congrecionalismo?


Começando na reforma
As raízes do Congregacionalismo remotam á época da Reforma, na Inglaterra. Enquanto no Continente Europeu a Reforma surgiu muito forte, provocando o surgimento de uma Igreja Protestante separada da Igreja Romana, na Inglaterra tal Reforma aconteceu de forma diferente.
Sob o reinado de Henrique VIII (1509-1547) ocorreu uma ruptura com Roma de caráter basicamente político. Surge assim a Igreja Nacional Inglesa, chamada Anglicana, que era praticamente igual à católica, mas agora estava debaixo do rei da Inglaterra e não do Papa.


Movimento Puritano
Apesar de não agradar totalmente, a pequena Reforma acalmou os ânimos mais exaltados. Todavia, os Reis que sucederam a Henrique VIII, tentaram trazer a Igreja de volta a Roma, provocando uma época de muita perseguição e intolerância. Quando Isabel, nem católica nem protestante, subiu ao trono houve o fortalecimento da Igreja Anglicana e do movimento puritano.
O movimento puritano queria reformar de fato tanto a Igreja Romana quanto a Anglicana. Isabel reinou entre l558 e l603. Neste período surge o Congregacionalismo de entre os puritanos.


A primeira igreja independente
Em 1580 Robert Browne, um clérigo anglicano que tornou-se separatista, junto com o leigo Robert Harrison organizaram uma congregação cujo sistema era congregacionalista. Browne é tido como o primeiro teórico do Congregacionalismo. De um lado havia forte influencia do modelo Presbiteriano. Do outro lado fortaleciam-se idéias independentes, que procuravam dar a cada Congregação (Igreja Local) independência de governo. A partir de Henry Jacob (l6l0) o movimento independente ganhou corpo, separando-se do Anglicanismo.
O Congregacionalísmo teve um começo humilde, mas aos poucos foi se firmando, crescendo definitivamente sob a liderança de Oliver Cromwell, tendo outros expoentes, como Milton e John Bunyan.


Chegando aos Estados Unidos
Da Inglaterra, o Congregacionalismo expandiu-se para a América do Norte, especialmente a partir dos Peregrinos do "Mayflower" que fundaram a Colônia de Plymouth em 1620. Dos 102 passageiros do navio, 35 eram membros da Igreja de exilados de Leyden (Holanda), pastoreada por John Robinson. Eles fundaram a primeira igreja do tipo congregacionalista na América.
Pouco tempo depois dos Peregrinos do Mayflower chegarem ao Novo Mundo, a situação na Inglaterra piorou. Charles I assumiu o trono e o novo Arcebispo era William Laud. A perseguição contra os Puritanos na Inglaterra aumentou e, por volta de 1640, aproximadamente 20 mil Puritanos haviam partido para a América, por causa da liberdade religiosa. Na Inglaterra, eles eram uma parte da Igreja da Inglaterra, mas no Novo Mundo eles estabeleceram congregações independentes, sob a forma de governo congregacionalista.
O Congregacionalismo na América cresceu em sua influência. As primeiras universidades dos Estados Unidos, como Harvard e Yale, foram estabelecidas para treinar pastores Congregacionais. Dartmouth foi estabelecida para treinar missionários Congregacionais, afim de que pudessem evangelizar os índios.
Por volta de 1734 houve um avivamento na região da Nova Inglaterra liderado por Jonathan Edwards, pastor de uma igreja Congregacional em Northampton. Esse avivamento, que ficou conhecido como Primeiro Grande Despertamento, se espalhou por toda a região, mas também levantou a resistência de alguns opositores.


O início no Brasil
No Brasil o Congregacionalismo começou com o Dr. Robert Kalley.
Ele foi missionário na Ilha da Madeira juntamente com sua primeira esposa. Depois de ficar viúvo, casou-se novamente e percebeu a necessidade do Brasil chegando aqui no ano de 1855 juntamente com irmãos madeirenses.
Ele fundou as primeiras igrejas de língua portuguesa no Brasil sendo uma delas a igreja que posteriormente foi chamada de Igreja Evangélica Fluminense.
Pela sua influência, Kaley conseguiu alguns direitos civis para os protestantes como registro de nascimentos, casamento entre outros.


A Igreja Evangélica Congregacional Atibaiense
A IECA foi formada por um grupo de jovens que estavam inconformados com a situação da época e apoiados pela Igreja Evangélica Fluminense começaram nossa igreja, que hoje busca estes mesmos ideais que desde o início marcaram grandes homens de Deus na história.
Queremos ser uma igreja independente, onde o governo é exercido pela participação dos membros através das assembléias, uma igreja “puritana” que busca a pureza de vida e doutrina e uma igreja, não se conformando aos padrões atuais do mundo e das igrejas que colocam tantas outras coisas acima do padrão da Palavra.


Pr. Roberto Rodrigues